Observabilidade: Boas práticas para alertas e incidentes

No ambiente dinâmico das operações de TI, onde sistemas precisam estar disponíveis e confiáveis, a eficácia no monitoramento e na resposta a incidentes é crucial para manter a continuidade dos serviços e a satisfação dos clientes. Implementar boas práticas em alertas e gerenciamento de incidentes não apenas minimiza o impacto de interrupções, mas também fortalece a resiliência organizacional. 

Equipes de desenvolvimento que utilizam práticas de SRE (Site Reliability Engineering) e DevOps são especializadas em implementar tais boas práticas, que serão abordadas a seguir ao longo deste artigo.

Monitoramento proativo: prevenindo incidentes

O monitoramento proativo é a base para detectar problemas antes que impactem os usuários. Ele utiliza:

  • Alertas Baseados em Limiares (Thresholds): Notificações quando métricas específicas, como uso de CPU ou memória, atingem valores críticos.
  • Monitoramento de Anomalias: Identificação de padrões fora do comum que podem indicar falhas iminentes.
  • AIOps (Operações Assistidas por Inteligência Artificial): Uso de aprendizado de máquina para prever falhas futuras e gerar insights automáticos.

Essa abordagem permite não apenas resolver problemas antecipadamente, mas também fornece dados essenciais para análises detalhadas e a identificação de causas raiz (RCA).

Tipos de alertas: qualidade antes de quantidade

Alertas, alarmes ou monitores são essenciais, mas sua eficiência depende da relevância. Eles podem ser categorizados como:

  1. Reativos: Gerados após a ocorrência de problemas.
    • Exemplo: Alta taxa de erros 500 persistindo por mais de 10 minutos.
  2. Proativos: Apontam condições que podem levar a falhas.
    • Exemplo: Uso de CPU acima de 90% pelos últimos 15 minutos.
  3. Preditivos: Utilizam algoritmos de IA para prever falhas com base em padrões históricos.

O gerenciamento da qualidade dos alertas (Alert Quality Management) evita a “cegueira de alertas” — quando notificações excessivas são ignoradas pelas equipes de desenvolvimento,  SRE e DevOps.

Resposta a incidentes: agilidade e coordenação

Durante incidentes, restaurar o serviço rapidamente é a prioridade. Para isso, equipes de desenvolvimento, SRE e DevOps devem:

  • Utilizar Runbooks: Guias operacionais detalhados para resposta rápida e eficiente.
  • Automatizar Respostas: Ferramentas como PagerDuty e OpsGenie ajudam a acionar equipes automaticamente quando necessário.
  • Promover a Colaboração: Dashboards em tempo real e war rooms virtuais facilitam a troca de informações.

A eficiência depende da detecção precoce e da preparação, o que reforça a importância do monitoramento contínuo.

IBM Incident Management Architecture – Fonte: IBM

Postmortems: aprendizado contínuo sem culpa

Após um incidente, realizar uma análise postmortem sem apontar culpados (Blameless Postmortem) é fundamental. Este processo inclui:

  • Identificação de Causas Raiz (RCA): Descobrir o que levou ao problema.
  • Documentação Detalhada: Garantir que as lições aprendidas sejam acessíveis a toda a equipe de desenvolvimento.
  • Ações Corretivas: Implementar mudanças para evitar a repetição do incidente.

Esse ciclo de aprendizado fortalece a confiabilidade dos sistemas e promove uma cultura de melhoria contínua.

Automação e AIOps: o futuro da gestão de incidentes

A aplicação de inteligência artificial transforma a maneira como incidentes são gerenciados. AIOps filtra alertas, identifica anomalias e até sugere soluções, reduzindo o tempo médio de resolução (MTTR). Ferramentas líderes como Dynatrace e New Relic já utilizam essas tecnologias para simplificar a operação.

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Conclusão

Boas práticas para alertas e gerenciamento de incidentes incluem monitoramento proativo, resposta coordenada e aprendizado contínuo. Com o suporte de tecnologias como AIOps e ferramentas automatizadas, as equipes podem não apenas responder a incidentes de forma eficaz, mas também antecipá-los. Uma abordagem estruturada e focada na qualidade garante sistemas mais confiáveis e resilientes, fortalecendo a experiência do usuário e os objetivos de negócios.